O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que não houve qualquer desvio de recursos dos precatórios do FUNDEF pelo Governo do Maranhão e determinou o arquivamento da representação apresentada pelo Ministério Público junto ao TCU (MPTCU).

O documento oficial desmonta uma série de acusações sobre o uso indevido de verbas da educação, que foram alvo de uma estranha reportagem exibida pela TV Band, na quarta-feira (22), e que também apontava suposta ligação entre a empresa Vigas Engenharia e familiares do governador Carlos Brandão.

Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou, em 2 de maio de 2024, o acordo na Ação Cível Originária (ACO) 661, definindo o pagamento da dívida do FUNDEF entre a União e o Estado do Maranhão. A decisão permitiu que 40% dos juros moratórios fossem utilizados em despesas públicas gerais, sem vinculação exclusiva à Educação, enquanto 60% permanecem destinados aos profissionais do magistério.

Com base nessa determinação, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que não houve qualquer desvio de recursos dos precatórios do FUNDEF pelo Governo do Maranhão e determinou o arquivamento da representação apresentada pelo Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), reforçando então a legalidade da aplicação dos valores e desmontando acusações recentes sobre suposto uso indevido de verbas da educação e ligação da empresa Vigas Engenharia com familiares do governador Carlos Brandão.

STF define destino dos juros moratórios
O acordo homologado pelo STF estabeleceu que o valor atualizado do FUNDEF ultrapassando R$ 475 milhões, fosse pago em três parcelas anuais pela União ao Estado. Pelo menos 60% do crédito total podem ser destinados aos profissionais do magistério em forma de abono, sem incorporação salarial.

A parcela de 40% dos juros moratórios pode ser utilizada pelo Estado em despesas públicas gerais, conferindo maior autonomia na aplicação desses recursos. Essa decisão é diretamente relacionada às investigações do TCU, que apontou que os R$ 13,2 milhões pagos à Vigas Engenharia para obras rodoviárias provinham dessa parcela flexível, com fiscalização de licitação a cargo do TCE-MA e MP-MA.

De acordo com o relatório técnico do TCU, as alegações de desvio de finalidade no uso dos recursos do Fundef são improcedentes. O órgão considerou comprovado que os valores questionados – R$ 370 milhões aplicados em secretarias estaduais e R$ 13,2 milhões destinados à empresa Vigas Engenharia para obras rodoviárias – são provenientes dos juros moratórios dos precatórios, e não da verba principal vinculada exclusivamente à Educação.

O TCU reconheceu que a aplicação de até 40% desses juros moratórios em outras áreas públicas é autorizada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Dessa forma, o uso dos recursos foi considerado legal e em conformidade com as normas vigentes. O relatório datado em 17 de setembro de 2025, também concluiu que a denúncia de direcionamento de licitação para a Vigas Engenharia foi prejudicada, uma vez que os valores utilizados eram recursos próprios do Estado, e, portanto, a competência para fiscalizar o certame é do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) e do Ministério Público Estadual (MP-MA).

Ainda segundo o documento, o TCU entendeu como regulares os gastos de R$ 9,3 milhões do Fundo Penitenciário (Funpen) destinados à confecção de móveis escolares em unidades prisionais, por considerá-los ações que beneficiam diretamente a rede estadual de ensino. Com base nas conclusões, o TCU determinou o arquivamento do processo, sem responsabilização do Estado do Maranhão.

Reportagem da Band tenta distorcer informações
Apesar das conclusões oficiais, uma reportagem exibida nessa quarta-feira, 22, pela Band alegou que o TCU estaria investigando um desvio milionário de verbas da educação para uma empreiteira ligada a parentes do governador. A matéria também sugeriu que o irmão de Carlos Brandão, Marcos Brandão, e o sobrinho, Daniel Brandão, presidente do TCE-MA, teriam atuado em favor da empresa.

O Governo do Maranhão rebateu as informações e afirmou que a emissora foi informada sobre a decisão do TCU antes da exibição da matéria, mas ‘optou’ por apresentar dados distorcidos e imprecisos. A informação de que houve desvio de finalidade dos recursos do Fundef é falsa. Também é falsa a alegação de que a Vigas Engenharia pertence a familiares do governador ou que tenha recebido repasses ilegais.

Origem da denúncia e tentativa de manipulação política
Os documentos revelam que a narrativa sobre o suposto desvio foi articulada pela advogada mineira Clara Alcântara Botelho Machado, autora da representação que originou o processo. O objetivo seria criar um fato político e associar o nome do governador Carlos Brandão a irregularidades inexistentes.

A denúncia utilizou documentos falsificados e informações distorcidas, que acabaram sendo reproduzidas por parte da imprensa.

As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Maranhão confirmaram a falsificação de documentos e identificaram três envolvidos diretamente na fraude: Webston Carlos Inojosa Neves, Gilberto Pereira Martins e Carlos Augusto Silva. Todos foram denunciados à Justiça pela prática do crime previsto no artigo 313-A do Código Penal, que trata da inserção de dados falsos em sistemas públicos.

A denúncia foi recebida pela juíza Lidiane Melo de Souza, da 2ª Vara Criminal de São Luís, em decisão assinada no dia 6 de outubro de 2025. O documento determinou a citação formal dos acusados e destacou que há provas suficientes para abertura da ação penal.

O Instituto Exata traz pesquisa de intenção de votos para o governo e também avaliação da gestão muncipal de Barreirinhas. O levantamento, que foi encomendado pela Rádio Mirante e Imirante, ouviu 550 eleitores nos dias 17 a 19 de outubro no município.

Em Barreirinhas, no cenário estimulado, o pré-candidato do MDB, Orleans Brandão, aparece em primeiro. Ele tem 36,55%. Em seguida vem o prefeito Eduardo Braide (PSD) com 34,35% e Felipe Camarão (PT), 4%. O ex-prefeito Lahesio Bonfim (Novo) aparece com 2,91%.

O instituto traz ainda a avaliação da administração do prefeito Vinícius Vale (MDB). Dos entrevistados, 88,55% disseram que aprovam a gestão municipal. Outros 11,09% afirmaram que desaprovam.

A margem de erro da pesquisa é de 3,6 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Uma triste notícia abalou a população do município de Lago Verde na manhã desta quinta-feira (23). A vereadora e ex-presidente da Câmara Municipal, Fernanda Oliveira da Silva, conhecida carinhosamente como Fernanda Maroca, foi encontrada sem vida em sua residência.

Fontes próximas à parlamentar confirmaram a informação, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, causando profunda comoção entre familiares, amigos e toda a população lagoverdense.

Fernanda Maroca era uma figura muito popular e atuante na política local, tendo conquistado admiradores por seu jeito simples, firme e por sua dedicação às causas do município. Sua partida inesperada deixa um vazio imenso na cena política e no coração de quem conviveu com ela.

A Polícia Civil já iniciou as investigações para apurar as circunstâncias da morte. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o caso.

A Câmara Municipal e a Prefeitura de Lago Verde devem emitir notas oficiais ainda hoje, prestando homenagens e esclarecendo informações sobre o velório e sepultamento da vereadora.

O clima na cidade é de profunda tristeza e incredulidade diante da perda precoce de uma mulher que dedicou boa parte da vida ao serviço público e à defesa da sua comunidade.

Fernanda Maroca, como será sempre lembrada, deixa um legado de trabalho, coragem e amor por Lago Verde.

O Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (22) um novo e importante passo na descentralização das políticas de segurança pública no Brasil. Trata-se do Programa de Fortalecimento das Guardas Municipais, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública que vai destinar R$ 170 milhões até 2027 para equipar, capacitar e valorizar os agentes que atuam na linha de frente da segurança nas cidades brasileiras.

O lançamento foi feito pelo ministro Ricardo Lewandowski, que destacou a importância das Guardas Municipais no combate à violência e na promoção da segurança cidadã. Segundo o ministro, o programa inclui a doação de armamentos não letais, fornecimento de coletes de proteção e, principalmente, a oferta de cursos de capacitação para os agentes.

Além da parte operacional, o programa também terá uma linha estratégica. Serão lançados editais de apoio para prefeituras, com o objetivo de melhorar a gestão da segurança pública local, fomentar ações de prevenção à violência e promover integração entre as forças municipais e estaduais.

Para o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, essa é uma iniciativa inédita que marca uma mudança de padrão na forma como o Brasil encara a segurança pública nos municípios.

“É a primeira etapa, a primeira experiência que levará a segurança para os municípios. Estamos falando de capacitação para gestão da segurança pública nos municípios, de capacitação das guardas municipais para exercer a guarda comunitária e para a segurança nas escolas”, afirmou Sarrubbo.

Ainda de acordo com Sarrubbo, a proposta do Ministério da Justiça vai além da compra de equipamentos. O programa tem como foco o apoio a políticas de prevenção e enfrentamento da violência, especialmente nas áreas mais vulneráveis, além da promoção da cooperação entre as Guardas Municipais e outras forças de segurança.

Outro ponto importante é a valorização dos profissionais. O governo pretende investir em formação contínua, melhores condições de trabalho e na criação de protocolos padronizados sobre o uso da força, alinhados aos direitos humanos e às boas práticas internacionais.

Com a iniciativa, o governo busca fortalecer a autonomia das cidades na gestão da segurança pública, sem perder de vista a necessidade de integração com os estados e a União. A meta é criar um modelo mais eficaz, próximo da população e focado na prevenção, com Guardas Municipais mais preparadas, equipadas e valorizadas.

A expectativa é que, até 2027, o impacto do programa seja visível nas ruas, nas escolas e nas comunidades de todo o país; especialmente onde a presença do Estado ainda é frágil. É um passo importante rumo a uma segurança mais comunitária, moderna e eficiente.

O Poder Judiciário da Comarca de Codó realizou, nos dias 14 e 15 de outubro de 2025, duas sessões do Tribunal do Júri que movimentaram o fórum local com o julgamento de dois casos de homicídios marcados por violência extrema. As duas sessões foram presididas pelo Juiz de Direito Humberto Alves Júnior, titular da 1ª Vara da Comarca de Viana, e contaram com ampla participação da sociedade civil, como é de praxe nos julgamentos populares.

Na primeira sessão, realizada no dia 14, foi julgado Raimundo Nonato Marques da Silva, popularmente conhecido como “Nonatinho”. Ele respondia por homicídio qualificado contra a vítima Wesley Cardoso Silva Portela, em caso oriundo da 3ª Vara da Comarca de Codó.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2020, por volta das 18h, na Rua Antônio Joaquim Araújo, no Bairro São Sebastião, em Codó. A acusação sustentava que o réu teria agido por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima, utilizando uma escopeta calibre 12, de uso restrito. A vítima, que pilotava uma motocicleta próximo à sua residência, teria sido surpreendida por “Nonatinho” e seu irmão. O denunciado teria efetuado dois disparos fatais, atingindo o coração e o pulmão da vítima, o que levou ao óbito por choque hipovolêmico.

Apesar da gravidade da acusação e dos elementos apresentados pela acusação, o Conselho de Sentença decidiu, por maioria de votos, pela absolvição do réu Raimundo Nonato Marques da Silva, ao final dos debates entre defesa e Ministério Público.

Já no segundo dia de sessões, 15 de outubro, foi a vez de Domingos Vinicious de Oliveira Silva sentar-se no banco dos réus. Ele foi julgado pelo homicídio de Rodrigo de Oliveira Sousa, ocorrido em 09 de fevereiro de 2024, por volta das 18h, no Povoado Montevideu, zona rural de Codó.

Segundo a denúncia, a motivação do crime teria sido fútil. A vítima e seu irmão retornavam do trabalho de bicicleta quando foram atingidos por Domingos, que conduzia uma motocicleta. Após a colisão, iniciou-se uma discussão entre as partes, que terminou com Domingos desferindo um golpe de faca na região torácica da vítima, levando-a à morte.

Neste caso, o Conselho de Sentença votou pela condenação do acusado, que foi sentenciado a 14 anos e 3 meses de reclusão pelo crime de homicídio qualificado (art. 121, §2°, inciso II, do Código Penal). O juiz-presidente negou ao condenado o direito de recorrer em liberdade, determinando a imediata execução da pena com base na tese fixada no Tema nº 1068 do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão preventiva foi mantida, e Domingos Vinicious foi recolhido ao sistema prisional maranhense.

Justiça em movimento

As duas sessões demonstram o funcionamento do sistema do Tribunal do Júri, em que a sociedade participa ativamente das decisões em crimes dolosos contra a vida. Com decisões distintas, uma absolvição e uma condenação, os julgamentos reafirmam o papel da justiça em dar voz tanto à acusação quanto à defesa, respeitando os princípios constitucionais do devido processo legal e do contraditório.

As sessões ocorreram no auditório do Tribunal do Júri da Comarca de Codó e reforçam o compromisso do Judiciário maranhense com a prestação jurisdicional efetiva e transparente.

Enquanto o vereador está afastado, o gabinete ganha uma assessora “virtual” que atua a mais de 350 km de distância.

O vereador Ricardo Lucena resolveu “inovar” em sua desastrada gestão na Câmara Municipal de Presidente Dutra ao criar, pelo visto, o cargo de “teleassessora”, um modelo revolucionário e vergonhoso de servidor público que “trabalha” sem precisar aparecer na cidade e muito menos ao trabalho.

A “felizarda” da “inovação” é uma advogada residente em São Luís, que também exerce função na Prefeitura da capital maranhense, mas que, segundo publicação no Diário Oficial, foi nomeada assessora parlamentar no gabinete do vereador André Jardins.

A nomeação, datada de 1º de outubro, traz um detalhe que deixou muita gente intrigada: o vereador André Jardins está afastado do mandato, já que assumiu a Secretaria Municipal de Planejamento de Presidente Dutra. Ou seja, o gabinete do vereador licenciado agora tem uma assessora que não está por perto. Mesmo estando licenciado, o gabinete do vereador abriga uma verdadeira assessora fantasma, com direito a presença remota, mas com salário bem presencial.

Com certeza, o assunto promete fazer um grande reboliço no meio político e bombar nas redes sociais.

Fontes ligadas à Câmara garantem ao Blog de Adonias Soares, que a advogada segue trabalhando normalmente em São Luís. Perguntar não ofende: como alguém que mora e trabalha em São Luís vai cumprir expediente em Presidente Dutra? Será que a Câmara adotou o home office intermunicipal? Ou estamos diante do primeiro caso oficial de assessoria por videoconferência da política maranhense?

Com a palavra o Ministério Público de Presidente Dutra.

Arquivos do blog