Os números de casos de covid-19 que vêm sendo divulgados desde a última quinta-feira (27) pela Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Dutra (SEMUS) não refletem a realidade; ou não são verdadeiros. E o motivo é preocupante e inaceitável no momento de pandemia em que vivemos: NÃO TEM TESTES; a prefeitura não comprou, está em falta.
Segundo informações, até o dia 27 de janeiro a SEMUS vinha utilizando testes rápidos doados pelo governo do estado com data de validade quase vencida. Ainda segundo a mesma fonte o teste RT-PCR por Swab (Cotonete) em Nasofaringe e o RT-PCR pela saliva, “está em falta, não foi comprado”, afirmou
O Boletim Epidemiológico vinha informando o registro de mais de 110 casos por dia. No último dia 27 foram 140 casos e do nada estabilizou, não houve aumento.
Pelos dados da Secretaria Municipal de Saúde ninguém, mas ninguém mesmo, teria contraído a covid-19 nos dos últimos 05 dias.
O que causou uma certa estranheza é que, mesmo com a realização de três festas no final de semana passado – duas promovidas pela prefeitura e uma (particular) por um secretário municipal, os casos continuaram na mesma.
O outro lado
O blog procurou o Secretário Municipal de Saúde Ricardo Lucena para dar uma explicação. “Estamos fazendo testes rápidos, porque os testes por Swab (Cotonete) estão em falta em todo o Brasil, mas a prefeitura já comprou e estamos aguardando a chegada”, declarou Lucena. Questionado pelo Blog sobre o porque de o teste do nariz não ter em estoque ele reafirmou falta em todo o Brasil.
O número de infectados que não teriam feito o procedimento por falta de testes deve ter ultrapassado 500 casos, já que o município vinha registrando mais de 100 casos diários; isso sem contar, entre outros fatores, a existência de alta incidência de assintomáticos. Em média, 80% dos indivíduos contaminados pela doença não apresentam sintomas, segundo organismos internacionais.
Os números por Bairro e por Povoado nunca foram divulgados pela atual gestão a exemplo do governo passado, o que dificulta o mapeamento da incidência do vírus, tanto pela SEMUS quanto pela população. Mas isso é assunto para o próximo post.