Policia Civil fará reconstituição do assassinato de Hamilton César nesta quinta-feira 18/11 as 09h da manhã

A 13ª Delegacia de Polícia Civil de Presidente Dutra-MA, marcou para 09h da manhã do próximo dia 18 de novembro a ‘Reprodução Simulada dos Fatos’ (Reconstituição) do assassinato de Hamilton César Lima Bandeira ocorrido no dia 17 de junho de 2021. Três policiais civis, lotados na própria 13ª DP figuram como suspeitos de matar o jovem de 23 anos de idade. Não foi informado se os agentes farão parte da reconstituição.

Alegando ‘apologia ao crime’, – época do caso Lázaro – os policiais foram até a residência de Hamilton no Povoado Calumbi a 16km da sede e efetuaram ao menos três disparos, na frente do avô de Hamilton César, que tem 99 anos. Os policiais declararam na época que Hamilton estava agitado e teria partido para cima deles com uma faca, por esse motivo reagiram atirando.

O pai de Hamilton, Antônio Bandeira afirmou que o jovem não estava armado no momento da ação policial. Ele afirma que o filho não era agressivo e tinha deficiência mental.

“Não tinha o maior sentido do mundo eles chegarem lá assassinando ele. E ele não usava ferramenta nenhuma. A polícia não falou nada, quando chegou lá, foi metendo bala e quase matou um idoso de 100 anos”, disse ele no dia do assassinato.

Naquele fatídico dia, o SAMU não foi acionado. Na versão dos três Policiais Civis, eles mesmos transportaram o corpo do jovem na viatura policial até o Hospital na tentativa de salvá-lo, mas ele não resistiu aos ferimentos e faleceu. A família nega essa versão e afirma que o rapaz morreu no local e que a retirada do corpo poderia ter sido uma tentativa de mexer na cena do crime.

Ainda segundo a família, o local do crime não foi isolado e que horas depois do ocorrido, uma agente civil teria voltado e recolhido cápsulas de balas, o que pareceu muito estranho. Ana Maria, mãe de Hamilton disse que Polícia Civil nunca apresentou aos familiares a faca utilizada por Hamilton para ameaçar os agentes.

Os três policiais chegaram a ser afastados pelo Delegado Regional; mas no dia seguinte retornaram ao trabalho por determinação do Secretário de Segurança Jefferson Portela. “Nós estamos pagando o salário de três policiais que mataram o meu irmão”, declarou Érica Lima.

A morte cruel e covarde de Hamilton César ocorrida no dia 17 de junho deste ano comoveu o Maranhão e o Brasil inteiro, com todos clamando por justiça. Há cinco meses o inquérito vem andando a passos de tartaruga.

É preciso que as autoridades cortem na própria carne deixando de lado um suposto corporativismo e dê uma resposta urgente para a sociedade, punindo exemplarmente os responsáveis por este assassinato brutal.

Espera-se, que a “Reprodução Simulada dos Fatos”, não fique apenas em simulação; e que a verdade prevaleça. É o mínimo que se espera.

 

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