- Adonias Soares
- 06/03/2009
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Em entrevista concedida ao site Consultor Jurídico, publicada na edição desta quinta-feira do Jornal Pequeno, o principal advogado do governador Jackson Lago (PDT), o ex-ministro Francisco Rezek (charge ao lado), jogou a toalha. Questionado se recorrerá ao TSE, Rezek é claro. “Há Embargos de Declaração ao TSE, mas isso não tem a virtude de reverter o que quer que seja. Isso é apenas uma cobrança ao tribunal”, diz ele. Abaixo a entrevista e aqui a matéria no próprio site do JP. As declarações estão no final do texto.
ConJur – O senhor acha que há a possibilidade de virar o jogo no TSE?
Francisco Rezek – Não creio, mas tenho grandes esperanças na solução da questão constitucional pelo Supremo.
ConJur – E qual é a questão constitucional?
Francisco Rezek – A questão constitucional é claríssima e é uma questão não resolvida pelo TSE. A questão de saber o que acontece quando se suprime dessa maneira, há mais de meio caminho, o mandato de um governador eleito. O que se faz, então? Convoca-se nova eleição? Direta ou indireta? Chama-se o derrotado para assumir? Sobre isso o TSE não tem posição consolidada. E sobre isso, qualquer que fosse a posição do TSE, a última palavra é necessariamente do Supremo Tribunal Federal.
ConJur – O senhor recorrerá ao Supremo depois de novo recurso ao TSE? Ou irá direto ao STF?
Francisco Rezek – Há Embargos de Declaração ao TSE, mas isso não tem a virtude de reverter o que quer que seja. Isso é apenas uma cobrança ao tribunal. Para que, eventualmente, seja mais preciso nas razões que nortearam a maioria, para que a parte possa dirigir-se ao Supremo sabendo direito o que está atacando.
ConJur – Mantida a cassação de Jackson lago, o senhor pedirá o que ao STF? Novas eleições?
Francisco Rezek – Não sei ainda. Até porque talvez eu me anime a pedir um pouco mais ao Supremo. Em nome da Constituição, talvez eu ataque a própria cassação do mandato.
- Adonias Soares
- 05/03/2009
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O vereador José Maria dos Santos, o Paizinho, representante do Bairro São José tem se comportado como um autêntico Sassá Mutema, personagem vivido pelo ator Lima Duarte na novela O Salvador da Pátria exibida há anos pela Rede Globo. Nos últimos dias, Paizinho vem tendo uma postura criticada por seus colegas de bancada que apóiam a prefeita Irene Sereno, é que ele (Paizinho), de uma hora pra outra resolveu participar de frentes de trabalho junto ao pessoal da limpeza pública. Na semana passada estava o vereador desentupindo bueiros e roçando laterais da BR 226 próximo ao Posto Biné. A atitude do vereador seria louvável, se não fosse demagógica, pois foi eleito para defender a população e apresentar na câmara propostas que melhorem suas condições de vida, não para está querendo aparecer às custas da “garizada” tentando ser um Salvador da Pátria. A Prefeitura Municipal de Presidente Dutra tem dinheiro de sobra pra gastar com a limpeza pública do município, tanto que já tem até licitação aberta pra isso, portanto não precisa o vereador Paizinho bajular a prefeita dessa forma pra mostrar serviço. Se o vereador conseguir apenas, apenas desenvolver o seu papel de legislador como os seus pares, isso por se só, justificaria os recursos gastos em sua rica camapanha, que não foram poucos.
- Adonias Soares
- 05/03/2009
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Fernando
fernandus30@bol.com.br Enviado em 05/03/2009 às 9:04
deu na folha de s.paulo De Silvia Freire: O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), cassado na madrugada de ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral, disse que espera que a decisão seja “corrigida” pelos ministros. Caso contrário, afirmou Lago, José Serra (PSDB), Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) não poderão ser candidatos à Presidência em 2010 porque estão viajando pelo país. Os advogados de Lago devem recorrer ao TSE com um recurso chamado “embargo de declaração”. O objetivo declarado é sanar dúvidas ou omissões do julgamento, mas o que a defesa quer de fato é devolver o comando do Estado a Lago. O principal argumento dos advogados será a suposta fragilidade de provas do uso da estrutura do Estado, prejudicando a segunda colocada nas eleições de 2006, a senadora Roseana Sarney (hoje no PMDB). Lago fica no cargo até o julgamento desses recursos. Como o sr. avaliou o julgamento de ontem no TSE? JACKSON LAGO – Não deixou de ser uma surpresa. Mas, conversando com os advogados, eles observaram que há alguns equívocos. Fui incriminado porque fui à festa de aniversário do município de Codó, em abril de 2006, muito antes das convenções partidárias, que são em junho. Nesta linha, nem o governador [José] Serra [PSDB], nem o governador Aécio Neves [PSDB] nem a ministra Dilma [Rousseff, do PT] poderão ser candidatos [ao Planalto] porque estão viajando. O TSE está impedindo os políticos de fazerem política? LAGO – Há uma expressão em voga que é a judicialização da política. Há quem ache que a Justiça Eleitoral está tendo papel mais avançado porque o Congresso Nacional deixou de tomar decisões e de oferecer estruturas legais. Acho que é importante que haja zelo pelo processo eleitoral, mas que não apequene a vontade do eleitor. Foi o que houve ontem? LAGO – Está sendo desrespeitada [a vontade do eleitor]. Mas acreditamos que os equívocos sejam corrigidos pelos ministros. Reexaminar e corrigir o erro também é da natureza humana. |
- Adonias Soares
- 05/03/2009
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A senadora Roseana Sarney (PMDB) afirmou ontem que aguardará “com serenidade” a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a cassação do governador Jackson Lago (PDT), decidida ontem por 5 votos a 2. “Aguardarei a decisão”, disse ela, ao falar pela primeira vez sobre o processo. Jackson e o seu vice, Luiz Carlos Porto (PPS), foram cassados por abuso do poder político e econômico nas eleições de 2006. Até o fim deste mês, o TSE deve julgar os eventuais Embargos de Declaração anunciados pelo pedetista. Confirmando a cassação, a Corte determinará a posse imediata de Roseana Sarney. “Recebi com serenidade a decisão do TSE, que aguardei com calma e confiança, porque sempre tive a certeza de que a Justiça seria feita”, afirmou Roseana Sarney, em um dia de muitos cumprimentos e assédio da imprensa. A prioridade da senadora agora é outra. “Para o fim de março está marcada a minha cirurgia e desse prazo não posso passar. A prioridade, hoje, é a minha saúde”, afirmou ela, que se submeterá à cirurgia para retirada de um aneurisma cerebral, prevista para a segunda quinzena deste mês. A senadora disse ter acompanhado de sua residência o julgamento do TSE sem qualquer comemoração do resultado, uma vez que ainda não ocorreu uma decisão final. Mesmo assim, se disse satisfeita com o resultado que, a seu ver, lhe fez justiça. “A Justiça Eleitoral fez justiça. Devolveu o mandato que eu tinha ganho. Acho que está havendo um processo educativo, as pessoas estão valorizando mais a lei porque acreditam mais nela”, opinou. Roseana Sarney disse estar pronta para pôr em prática as propostas apresentadas durante a campanha eleitoral de 2006. Se vir a assumir o governo, mesmo que por menos de dois anos, o esforço será redobrado, segundo ela, para recuperar o Maranhão, social, política e economicamente. “Sei dos desafios que me aguardam”, afirmou.
MENSAGEM
Em uma mensagem ao povo do Maranhão, Roseana Sarney afirmou ter a mesma disposição de trabalhar de quando foi governadora (entre 1995 e 2002). “Minha disposição é a de trabalhar muito, com dedicação, amor e muita paz no coração para recuperar o tempo perdido. O povo maranhense quer paz e união para poder trabalhar e fazer o estado cada vez melhor”, afirmou. Ela também fez um desabafo por considerar-se vítima de preconceito político, por ser mulher, nordestina e vir de uma família de políticos. “Sou uma pessoa de enfrentar desafios na minha vida pessoal e profissional. Sou taxada de ter vindo de uma família de oligarcas, mas sou uma pessoa de luta”, afirmou Roseana Sarney, lembrando que está na política desde o movimento estudantil. “Tenho uma história e quero ser respeitada por isso”, acrescentou. Pelas previsões de especialistas em Direito Eleitoral, o TSE deve concluir o julgamento de Jackson, com a análise de todos os recursos, em um prazo de 20 dias. A partir daí, confirmando a cassação, Roseana Sarney e seu vice, João Alberto (PMDB), serão imediatamente empossados.
Com informações O Estado do Maranhão
- Adonias Soares
- 05/03/2009
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O Tribunal Superior Eleitoral deve publicar amanhã o Acórdão com a decisão que cassou o mandato do governador Jackson Lago (PDT) e do seu vice, Luiz Carlos Porto (PPS). A partir daí, a defesa tem três dias para apresentar Embargos de Declaração à decisão. Conta-se como prazo a sexta-feira depois de amanhã, segunda e terça-feiras da próxima semana. Ou seja, daqui a oito dias, as reclamações do governador cassado já têm que estar protocoladas no TSE. Se nos embargos houver algum pedido de efeitos modificativos, o que é provável, a outra parte terá que ser notificada para apresentar contra-razões. Têm-se mais três dias de prazo. Nesse caso, o embargo estará pronto para ser analisado pelo TSE a partir do dia 15 de março. O relator pode levá-lo para apreciação sem a necessidade de pauta. Um Embargo de Declaração serve apenas para esclarecer algum ponto que ficou omisso, obscuro ou contraditório no julgamento. É pouco provável que resulte em modificação da decisão. Após o julgamento dos embargos, o TSE determina a posse da nova governadora imeidatamente. Jackson terá direito ainda a um Recurso Extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, mas, neste caso, já terá que recorrer fora do cargo.
Significa dizer que ele vive os seus últimos 20 dias no comando do estado…
Leia mais no blogue de Marco D’eça. Clique aqui.
- Adonias Soares
- 04/03/2009
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Na sessão do TSE desta terça-feira que terminou na madrugada de quarta, ficou definido pelos ministros que o governador do maranhão Jackson Lago (PDT) e seu vice Luis Carlos Porto permanecerão no cargo até que se esgotem todas as possibilidades de recursos no TSE – Tribunal Superior eleitoral. Em plenário, os ministros divergiram entre dar posse a Roseana ou convocar nova eleição no Maranhão. No entanto, seis dos ministros decidiram pela posse da segunda colocada no pleito de 2006, seguindo o entendimento definido no julgamento do último dia 17 de fevereiro, quando o TSE cassou o mandato do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) e deu posse ao segundo colocado, José Maranhão (PMDB), que já tomou posse. Apenas o ministro Félix Ficher votou pela realização de eleição indireta que seria feita pela Assembléia Legislativa do Estado.
Mais tarde volto com este assunto.