O juiz da comarca de Dom Pedro, Thales Ribeiro de Andrade (foto) resolveu misturar público e privado numa ação em que a Prefeitura de Dom Pedro move contra o Sindicato dos Professores (Sinserpdom) por conta de uma greve da categoria.
Punido pelo Tribunal de Justiça (TJ-MA) com uma advertência por ter suas contas de hotel pagas pela Prefeitura de Dom Pedro com dinheiro do Fundeb – comprovada pela Controladoria Geral da União (CGU) – mesclar público e privado aparenta ser tarefa das mais fáceis para Thales Ribeiro. (releia aqui)
O juiz decidiu multar em R$ 5 mil/ dia o Sinserpdom por conta da greve. Quando a multa chegou ao patamar de R$ 70 mil, Thales Ribeiro decidiu mandar executar a multa. Ao invés da execução recair sobre o patrimônio do sindicato, o juiz determinou que fosse sobre a conta bancária da presidente do Sinserpdom, Vera Lúcia Alves Pereira.
Thales Ribeiro motivado sabe-se lá por quais razões, decidiu confundir o sindicato, pessoa jurídica, com a pessoa da sua presidente Vera Lúcia. Estaria o juiz de Dom Pedro tentando intimidar e/ou constranger a presidente do Sinserpdom?
Como não havia a grana na conta de Vera Lúcia, o juiz Thales Ribeiro determinou a busca e apreensão de uma motocicleta modelo Broz, de propriedade de Ivanildo Rosa Sobral, apenas cunhado da presidente do sindicato.
A execução foi diligentemente levada a cabo pelo delegado de polícia Otávio Cavalcante, pela oficial de justiça Maria Dilma Diogo, acompanhados de um policial e um escrivão.
No mesmo despacho de busca e apreensão, o juiz e Dom Pedro designou a data de 24 de novembro de 2010, o leilão da motocicleta para saldar o valor da multa. O sindicato e o governo municipal chegaram a um acordo e a greve acabou.
Thales Ribeiro ficara rabioso com os professores de Dom Pedro depois que a CGU revelou que a grana do Fundeb – que entre outras coisas paga os mesmos professores – quitava as contas do juiz no Fiori Palace Hotel?
Será que a zanga do juiz de Dom Pedro – punido com uma censura pelo TJ-MA por dar aula em São Luís quando deveria trabalhar na comarca sem o conhecimento do tribunal – porque o sindicato propôs a Exceção de Suspeição, após ele afirmar ao Jornal Pequeno que os professores de Dom Pedro ganham R$ 2.200,00; quando na verdade os salários variam entre R$ 713,86 a R$ 1.149,31 (bruto)? (leia aqui)
O que levaria a um juiz punido pelo TJ-MA com uma advertência e uma censura afirmar ao Jornal Pequeno que o Sinserpdom teria uma atuação em quatro municípios, quando na verdade além de Dom Pedro atende aos professores de Santo Antônio Lopes? Porque o juiz afirmaria que a greve dos professores já durava 60 dias, quando o movimento paredista deflagrara há 21 dias?
Estaria Thales Ribeiro rabioso pelo fato de duas servidoras que trabalham no Fórum da comarca serem professoras municipais e pagas com o recurso do Fundeb?
Caso nenhuma das indagações acima tenha respostas plausíveis, o juiz Thales Ribeiro estaria tão somente a fazer troça do Tribunal de Justiça? Afinal, ganhar uma advertência e uma censura, saem mais em conta do que terem as diárias do Fiori Palace pagas com a grana do Fundeb.
Com informações do blogue de Itevaldo Jr
One Response
IMPORTANTE O QUE ACONTECEU EM DOM PEDRO, PARA QUE AS AUTORIDADES, INCLUSIVE JUIZES DE DIREITO, SAIBAM E ENTEDAM QUE PROFESSOR NÃO É CRIANÇA, PROFESSOR TAMBÉM CONHECE UM POUCO A LEI E SABE RECLAMAR SEUS DIREITOS, PROFESSOR NÃO PRECISA SER GUIADO, ELE LÊ, INFORMA-SE , ENTENDE E RECLAMA.