O ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) cometeu mais um deslize bíblico, ontem, ao tentar explicar a um interlocutor do Twitter a confusão que fez entre as parábolas do Bom Samaritano e a do Semeador, duas histórias da Bíblia com contextos diferentes.
Para lembrar: ao anunciar que havia conversado com o papa Francisco, no Rio de Janeiro, Dino disse que o Sumo Pontífice da Igreja Católica havia falado a ele sobre a “Parábola do Bom Semeador”.
O problema é que não existe a Parábola do “Bom Semeador”, o que levou o comunista a ser ridicularizado nas redes sociais.
Ao ler a postagem de Dino, o interlocutor, que preferiu não ter o perfil exposto neste blog, ironizou: “Bíblia de comunista é diferente”.
Sem se fazer de rogado, o ex-deputado tentou justificar, assim: “Cada intérprete confere um sentido ao texto que lê, por isso é difícil ter uma ‘única’ Bíblia”.
Dino não sabe, mas a Bíblia é universal e única como Palavra de Deus. Não existe mais de uma Bíblia.
A resposta mostra seu completo despreparo e desconhecimento das coisas religiosas, apesar de, agora, ele querer se mostrar cristão.
– Eu leio a Bíblia todo dia. E ela é única – ensinou o interlocutor, que ainda provocou: – A mesma Bíblia que levou muitos a morrer por conta do comunismo.
Ainda sem querer admitir seu desconhecimento da história da Religião, o chefão comunista retrucou, mostrando irritação e querendo encerrar o assunto:
– Lamento que você acredite nestas mentiras e preconceitos. Sugiro que você leia Atos 4,32. Boa Noite.
O interlocutor também não recuou e finalizou assim:
– Lamento que você não lembre da história. Leia a Parábola do Bom samaritano ou a do Semeador. Vai lhe ajudar na caminhada.
Em tempo: Dino utiliza o versículo 32 do 4º capítulo dos Atos dos Apóstolos para tentar explicar o comunismo entre os primeiros cristãos. Trata-se de mais uma tolice, já que ignora o contexto. A repartição dos bens, neste caso, se dava por que, para aqueles primeiros cristãos, Jesus, que acabara de ressuscitar e subir aos céus, iria retornar muito em breve – questão de dias, semanas ou meses, na concepção dos apóstolos. Assim, não fazia sentido ter posses ou guardar coisas, já que havia a promessa de serem levados para o céu. Por isso, aqueles cristãos se reuniam o tempo inteiro, dividindo tudo entre si, aguardando a volta iminente de Jesus. Como se vê, cada tentativa de se mostrar cristão, faz de Flávio Dino apenas uma caricatura de
Do Blog de Marco D´Eça