Uma ação completamente desproporcional e atrapalhada comandada por policiais militares lotados na Companhia Independente da Polícia Militar de Dom Pedro resultou na morte do empresário José da Silva de Sousa, conhecido com Zezim de 44 anos de idade. O crime ocorrido por volta das 10h da manhã deste sábado (20/04) revoltou a população de Dom Pedro, cidade localizada a 310km de São Luis Capital do Maranhão. Para amigos e familiares do comerciante, o que houve foi uma execução. A polícia militar nega.
De acordo com informações, José da Silva de Sousa, conhecido com Zezim de 44 anos de idade sofria de depressão, inclusive já tendo tentado tirar a própria vida há tempos atrás, entrou no banheiro de seu depósito situado na Av Gonçalves Dias para tomar banho e lá permaneceu por um bom tempo, mesmo diante das tentativas desesperadas de sua esposa e do irmão para convencê-lo a sair. Diante da preocupação com o estado emocional do empresário, eles decidiram acionar o SAMU e a polícia militar.
O que se viu a partir daí foi uma sucessão de erros. Testemunhas relatam que a polícia, ao invés de agir com a cautela e sensibilidade necessárias diante de um indivíduo em crise, optou por táticas agressivas. Ao lançar uma bomba de gás lacrimogêneo através da janela do banheiro, o ambiente já tenso se tornou ainda mais caótico. Zezim, ao sair do banheiro com as mãos abaixadas e portando um facão, clamava por socorro. Nesse momento de confusão, um membro da Força Tática disparou três tiros contra o comerciante, atingindo-o na perna e no peito fatalmente.
A reação da comunidade não poderia ser diferente: revolta e indignação tomaram conta das redes sociais e grupos de mensagens instantâneas. A população de Dom Pedro não perdeu tempo em denunciar o despreparo e a brutalidade da ação dos policiais militares, que, ao invés de protegerem, tiraram a vida de um homem completamente indefeso.
O que diz a Polícia Militar
Em contato com o Blog de Adonias Soares, o Comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar de Presidente Dutra, o Tenente Coronel Flávio, prestou declarações, alegando que todas as medidas possíveis foram tomadas para conter a situação, alegando que Zezim representava uma ameaça à sua família e às autoridades presentes. No entanto, a versão oficial não convenceu a comunidade dom-pedrense, que exige justiça e punição para os responsáveis por esse crime bárbaro.
Ainda segundo o Comando do 18º BPM, A ocorrência será apresentada na delegacia e aberto o inquérito policial civil e inquérito policial militar.
Zezim deixa para trás uma esposa e duas filhas, além de uma comunidade inteira em luto e revoltada. Amigos e familiares prometem mobilizar a sociedade em busca de justiça, exigindo que os responsáveis sejam responsabilizados pela tragédia que abalou não apenas uma cidade, mas também a confiança naqueles que juraram proteger e servir. Que o caso seja exemplarmente investigado com o rigor lei, e que as devidas medidas sejam tomadas para garantir que tragédias como esse não se repitam.