Bom dia, caros leitores!
De início, quero pedir desculpas pelo longo período que passamos sem novas postagens. Desde o recesso de final de ano, me encontro muito atarefado, dividindo meu tempo entre a advocacia, as empresas e a sala de aula, de modo que não estou dispondo de tempo para escrever.
Aos que não conhecem, a coluna Contraponto analisa algum tema atual, sob uma ótica crítica e objetiva, buscando trazer um outro olhar.
Pois bem, o assunto em voga no momento é o novo coronavírus, pandemia que está assolando a humanidade. Sem mais delongas, vamos à análise.
O verdadeiro legado
O ano de 2020, no Brasil, começou tranquilo e moroso, como qualquer outro. Ainda em janeiro, surgiram notícias de uma recente doença, até então sem nome, oriunda da China, no final de 2019.
O Novo Coronavírus recebeu a denominação SARS-CoV-2 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a doença que ele provoca tem a denominação Covid-19. Os vírus dessa família podem causar desde resfriados comuns a doenças mais graves, como a Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).
Em fevereiro desse ano, o Brasil foi apresentado formalmente ao novo vírus, com a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país. Ainda eufóricos com as festividades do Carnaval, não demos muita atenção à essa enfermidade. Triste decisão!
Por ignorância ou por descaso, negligenciamos os cuidados sanitários necessários para barrar a evolução do contágio do novo coronavírus. E não foi por falta de informação, já que a mídia em geral fez ampla cobertura da matéria, divulgando as medidas de higiene recomendadas pelas mais diversas autoridades. O resultado está sendo aterrorizante. Em terras brasileiras, a primeira morte veio em 17 de março e, em menos de 45 dias, ultrapassamos os 60 mil casos da doença, com mais de 4 mil mortes ao total, até o momento. E os números só aumentam, batendo recordes, dia após dia.
Mercados mundiais em queda livre, fronteiras internacionais fechadas, sistemas de saúde em colapso, hospitais sem leitos, cemitérios com fila de espera… Essa é a atual realidade de todos os países do globo. De fato, a Covid-19 mudou a rotina do mundo.
O planeta está em crise sanitária, com uma severa pandemia do novo coronavírus. Contudo, se existem sombras é porque há luz. Sempre que a humanidade passa por seus piores momentos, o ser humano mostra suas maiores virtudes.
Juntamente com o espanto e terror causados pelos efeitos da doença, aflorou em todos nós os sentimentos de solidariedade, compaixão, fraternidade e bravura.
Atos de altruísmo e irmandade se espalham pelo mundo. Pessoas das mais variadas classes sociais se ajudam e se sensibilizam com a dor do outro, sem distinções de gênero, cor, raça, origem ou orientação sexual.
Para os cristãos, como eu, Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. Hoje, entendo esta passagem claramente. Apesar de todos os riscos, os profissionais da saúde salvam vidas e cuidam do próximo com maior atenção que a si mesmos. Superam o mandamento divino. São a manifestação do próprio Altíssimo, para os que creem.
Tenho pra mim que as boas atitudes contagiam, dando exemplos a serem seguidos. E estou convicto que sairemos dessa crise bem mais humanos que quando entramos, olhando para o outro com um sentimento de maior compaixão, atenção e cumplicidade. Esse será o verdadeiro legado da Covid-19.
Por fim, quero lembrar a todos, que a noite é sempre mais escura um pouco antes do amanhecer, e que a aurora está chegando… Sigamos firmes, fraternos e solidários!
Aos nossos bravos e heroicos profissionais da saúde, dedico este humilde texto e expresso minha mais sincera admiração.
– Franklin Torres é advogado, natural de Presidente Dutra/MA.